Teve início nesta segunda-feira (28) o trabalho de 368 psicólogos que passam a integrar o quadro das unidades de ensino da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), no programa Psicólogos nas Escolas.
Atrelada ao Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva), a contratação beneficiará todas as regiões do Estado e tem como objetivo melhorar a qualidade do processo de ensino-aprendizagem e construir ambientes escolares com climas cada vez mais harmônicos e saudáveis.
Nesta primeira semana de atuação, os 368 psicólogos farão uma imersão na rede estadual, em encontros nas diretorias regionais de ensino. A partir de 4 de setembro, após as formações iniciais, eles passam a lidar diretamente com as comunidades escolares. No total, 550 psicólogos serão contratados pela empresa vencedora de licitação da pasta. A previsão é que os outros 182 profissionais comecem a trabalhar no próximo mês.
O programa Psicólogos nas Escolas prevê que esses profissionais atuem principalmente em conjunto com os professores orientadores de convivência (POCs) e diretores escolares e, em nível regional, com os professores especialistas em currículo (PECs) do Conviva, a fim de apoiar o desenvolvimento de ações do plano de melhoria da convivência escolar.
Inteligência Emocional nas escolas: deputados aprovam inclusão de matéria na rede de ensino do estado
Projeto de autoria da deputada Leticia Aguiar foi aprovado por unanimidade
O Plenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em sessão extraordinária realizada nesta terça-feira (8), aprovou por unanimidade o Projeto de Lei 93/2023, de autoria da deputada estadual Leticia Aguiar, que inclui a matéria Inteligência Emocional na grade curricular da Educação Básica das redes de ensino público e privado do estado.
Segunda a deputada estadual Leticia Aguiar, autora do projeto, os alunos vão adquirir a capacidade de lidar com suas emoções: “A inteligência emocional na escola vai possibilitar que os alunos obtenham maior controle sobre suas emoções. A capacidade de lidar com elas é essencial no período escolar e muito útil para o futuro profissional dos estudantes”, disse a parlamentar.
Pesquisas tem demonstrado que a educação socioemocional tem contribuído para uma maior adesão a altos níveis de justiça, solidariedade, respeito e convivência harmoniosa por parte de seus alunos. Isso indica que eles terão atitudes menos individualistas, atentas ao cumprimento das leis e normas e ao bem-estar do próximo, além da redução de casos de bullying.
Programa Psicólogos nas Escolas
Para acompanhar o desenvolvimento das atividades, 16 desses profissionais atuarão na supervisão do programa e estarão divididos entre as regiões administrativas do Estado: Capital, RMSP, Araçatuba, Baixada Santista, Barretos, Bauru, Campinas, Central, Franca, Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Sorocaba, Vale do Paraíba e Vale do Ribeira. Essa mesma divisão será considerada para os polos de atuação dos 534 psicólogos que atuarão diretamente com as escolas e comunidades escolares.
Cada um desses psicólogos atuará por 30 horas semanais, no horário de funcionamento das unidades escolares às quais eles estarão vinculados.
Além disso, a equipe técnica do Conviva, responsável por fazer a gestão do programa, foi ampliada neste ano para garantir todo e qualquer suporte ao programa. Inclusive, há um profissional da equipe técnica ligada ao gabinete da Seduc-SP, destinada exclusivamente a gerenciar o programa Psicólogos nas Escolas.
“A Secretaria da Educação garante a autonomia às diretorias de ensino e seus professores especialistas para que, conhecendo suas comunidades escolares, suas demandas, suas particularidades e necessidades, possam acompanhar o trabalho dos psicólogos de perto. O mesmo deve ocorrer com a definição dos turnos em que esses profissionais estarão presencialmente em cada uma das unidades”, afirma o coordenador do Conviva, Ian Nunjara.
O que caberá aos psicólogos, em suas frentes de atuação:
Elaborar e promover formações, orientações e dinâmicas com os profissionais da educação e estudantes a fim de prevenir e mitigar conflitos;
Atuar em caráter universal, com projetos que beneficiem toda a comunidade escolar;
Em caráter de exceção, eles estão autorizados a fornecer atendimento individualizado e, quando necessário, promover a orientação e encaminhamento para a rede protetiva, como unidades de saúde;
Eles devem empregar somente métodos, técnicas e instrumentos de avaliação reconhecidos cientificamente na prática profissional e de acordo com as normativas e diretrizes do Conselho Federal de Psicologia.
A Seduc-SP investirá, por ano, R$ 126 milhões no programa. Mediante situações de emergência, conforme prevê o contrato, a empresa vencedora da licitação deve apresentar à Seduc-SP uma devolutiva com parecer técnico dentro do prazo de 24 horas.
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