Muitas pessoas procuram um Colégio Militar em sua cidade para matricular seus filhos, diferente do Colégio Militar do Exército, as Escolas Cívico-Militares se tornaram a melhor opção. Tanto que durante a inauguração de uma Escola Cívico-Militar em Cuiabá (MT), o Ministro de Estado da Educação, Milton Ribeiro, comemorou o apoio da sociedade ao projeto criado pelo MEC:
“A população recebeu o Programa calorosamente e isso reflete na procura por vagas nessa Ecim. Todas as vagas dessa escola… 594 se eu não me engano, foram preenchidas em três minutos (…)”, afirmou o ministro.
Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) deverá ser ampliado e ser implantado em 216 escolas de todo o país até 2023. É a expectativa do Ministério da Educação (MEC).
O programa, que é uma parceria entre os ministérios da Educação e da Defesa, está em fase de implantação em 74 instituições de ensino. No ano passado, ele foi introduzido em 53 escolas.
O ministro também esclareceu que as Escolas Cívico-Militares do programa não são um modelo de militarização: “O que nós emprestamos dos militares são sua organização, disciplina e ordem”, disse.
Sobre o Pecim
O Pecim é uma ação do Ministério da Educação (MEC), em parceria com o Ministério da Defesa, que tem por objetivo principal contribuir para a melhoria da educação básica do Brasil, a partir da implementação do modelo MEC de Escolas Cívico-Militares (Ecim).
O Ecim, um modelo centrado na melhoria de gestão nas áreas educacional, didático-pedagógica e administrativa, se baseia no padrão de alto nível dos Colégios Militares do Exército (veja abaixo), das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares.
A ideia é que sejam implantadas 216 Ecim até 2023. Em 2020 foram implantadas 53 e, em 2021, serão implantadas mais 74 unidades.
Sistema Colégio Militar do Brasil – Ensino Fundamental e Médio
O Sistema Colégio Militar do Brasil (SCMB) é formado por 14 Colégios Militares, que oferecem o ensino fundamental (do 6º ao 9º ano) e o ensino médio. Esses estabelecimentos de ensino, localizados em vários Estados do Brasil, propiciam educação de alta qualidade a aproximadamente 15 mil jovens.
As práticas didático-pedagógicas nos Colégios Militares subordinam-se às normas e prescrições do Sistema de Ensino do Exército e, ao mesmo tempo, obedecem à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), principal referência que estabelece os princípios e as finalidades da educação no País.
Proposta Pedagógica
De acordo com a LDBEN, todos os estabelecimentos de ensino do País devem possuir uma proposta pedagógica própria, verdadeira síntese dos objetivos e da orientação que imprimem à ação educacional. Entre outras características, a proposta pedagógica dos Colégios Militares prioriza princípios e práticas de um ensino moderno e atual.
Os Colégios têm como meta levar seus alunos à descoberta das próprias potencialidades, à autorrealização, à qualificação para o trabalho e prepará-los para a vida como cidadãos, educados conforme os valores, costumes e tradições do Exército Brasileiro.
A Força Terrestre investe na qualidade de ensino por meio de práticas inovadoras que conduzem a uma educação integral, possibilitando ao educando o desenvolvimento simultâneo das áreas cogntiva, afetiva e psicomotora.
Acompanhe, a seguir, algumas características do ensino oferecido em um Colégio Militar do Exército:
Bibliotecas e laboratórios – todos os Colégios dispõem de bibliotecas com acervos suficientes para que os alunos cumpram as tarefas de estudo e busquem informações. Os laboratórios de Física, Química e Biologia são modernizados, continuadamente, e ocupam posição de destaque no ensino dessas disciplinas.
Cada Colégio Militar dispõe de, pelo menos, um laboratório de informática, onde os alunos aprendem, ainda no ensino fundamental, a trabalhar com os aplicativos mais conhecidos, bem como têm acesso à Internet.
Idiomas estrangeiros – os Colégios ministram inglês por níveis, nos moldes dos institutos civis especializados nessa área. O método utilizado desenvolve a capacidade de expressão oral dos alunos e tem como base o uso do chamado “Corredor de Inglês”, um espaço temático em que todos são incentivados a se expressar no idioma. Na 2ª série do ensino médio, os alunos podem optar pelo inglês ou espanhol.
Clubes e grêmios – os alunos responsáveis por administrá-los possuem uma excelente oportunidade de planejar atividades e de gerenciar programas. Os clubes e grêmios contribuem para despertar vocações e permitem o aprofundamento e a difusão de conhecimentos.
Leitura – a leitura ocupa posição central na prática didática dos Colégios Militares. Todos os alunos cumprem um programa de leitura e participam de outras atividades destinadas a difundir e a despertar o gosto de ler.
Educação artística – por meio de atividades voluntárias, os alunos participam de bandas, corais e grupos folclóricos, de teatro, capoeira, declamadores, dança e de ginástica rítmica e desportiva.
Iniciação esportiva – com equipes esportivas, os alunos participam de olimpíadas regionais do Sistema e de competições estaduais e municipais com escolas civis.
Atividades comunitárias e beneficentes – a solidariedade é uma virtude despertada no cotidiano dos alunos dos Colégios Militares, por meio de campanhas de arrecadação de agasalhos e alimentos, visitas a asilos e orfanatos, entre outras atividades.
Viagens e intercâmbios – nas férias escolares, os diversos clubes e grêmios planejam e realizam viagens a diversos locais do território nacional, contribuindo para reforçar o sentimento de patriotismo e o conhecimento do País.
COLÉGIO PÚBLICO MILITAR ESTADUAL
A deputada estadual Leticia Aguiar (PSL-SP), é incentivadora dos Colégios Militares e apresentou o projeto de lei 295/19, que autoriza a criação de Colégios Públicos Militares na rede estadual de ensino.
O projeto recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa de São Paulo.
Antes de chegar ao plenário para votação final, a propositura será analisada ainda pelas Comissões Permanentes de: Educação e Cultura; e Finanças, Orçamento e Planejamento.
Para Leticia Aguiar a aprovação na Comissão abre caminho para que o projeto siga tramitando na Alesp:
“Hoje avançamos mais um passo para melhorar a educação no Estado de São Paulo. Vamos seguir acompanhando a tramitação do projeto e trabalhando para que vire lei o quanto antes”, disse.