A Escola Estadual Doutor Alfredo Pujol, em Pindamonhangaba, foi onde a estudante Dandara Sgarbi cursou o ensino médio, e a que ela atribui o seu sucesso na entrada em uma universidade, também pública, que abriu caminho para conquista de uma bolsa de estudos na Agrocampus Ouest, na França.
“Meus pais não teriam condições de pagar uma universidade particular, então já tinha a consciência de que teria que acreditar na minha capacidade e o apoio do corpo docente do Pujol, que abraçam a causa dos alunos, foi essencial”, lembra Dandara, que faz o curso de Engenharia de Alimentos na Universidade Estadual Paulista (Unesp) de São José do Rio Preto.
De acordo com o coordenador pedagógico da unidade de Pindamonhangaba, Malco Rodrigo de Oliveira Santos, a escola incentiva os alunos a participarem de olimpíadas de Ciências, de Matemática, de projetos como o “Melhores Cabeças”, feito em parceria com empresas, que concedem bolsa de estudos em faculdades privadas para os alunos selecionados.
“A proposta pedagógica do Pujol é a de incentivar e dar apoio aos alunos para realizarem um projeto de vida, ingressar em cursos técnicos, na vida acadêmica. Nosso corpo docente é bem consolidado, com professores efetivos que estão na escola há mais de dez anos, alguns também lecionam em faculdades e em cursos técnicos. O Pujol atrai alunos interessados e dedicados, pois temos uma boa rotina de estudos e um bom clima entre alunos, professores e comunidade”, explica Santos.
Vaquinha online
Dandara viajou para a França no ano passado, em plena pandemia, para iniciar um intercâmbio para dupla diplomação. Mas o caminho até Agrocampus Ouest (da École Nationale Supérieure des Sciences Agronomiques, Agroalimentaires, Horticoles et du Paysage), em Rennes, no interior da França, não foi fácil.
Quando estava no primeiro ano da graduação, Dandara soube dos programas de intercâmbio com os quais a Unesp tem parceria, mas não acreditou que pudesse participar, pois não tinha dinheiro e nem falava outra língua. Já no terceiro ano, uma colega se preparava para o intercâmbio e contou como funcionava a admissão, então Dandara decidiu se candidatar.
Ela conseguiu uma bolsa integral, mas com a declaração de pandemia, a instituição francesa suspendeu a bolsa. E mais uma vez o apoio dos professores foi fundamental em sua trajetória. Com a ajuda do coordenador de seu curso, a estudante então conseguiu a conversão da bolsa para parcial, mas precisava arrumar o dinheiro para a passagem aérea e os gastos iniciais em solo francês.
Com os cálculos dos custos na mão, Dandara decidiu fazer uma vaquinha online para viabilizar a viagem.
“Foi inacreditável. Muitas pessoas me ajudaram, minha família, meus amigos e gente que nem conheço. Sou muito grata a todos que me ajudaram neste percurso, desde os professores do ensino médio até os da faculdade. Se não fosse essa base fundamentada desde o Pujol, não estaria aqui”, comemora a estudante de Pindamonhangaba, que está aproveitando muito os estudos na França, complementares ao aprendizado que teve no Brasil.
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