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Não foi golpe! Veja os 12 fatos que levaram à revolução de 31 de março de 64

1964

Posse do Presidente Castelo Branco em Abril de 1964

Revolução Democrática de 1964, o movimento que objetivou, acima de tudo, evitar que o Brasil fosse entregue nas mãos dos comunistas. É muito simples para qualquer pessoa, nos dias de hoje, levantar argumentos que contrariem os fundamentos nos quais se baseiam os regimes ditos socialistas/comunistas.

Com a queda do muro de Berlim em 1989, com a derrocada político-econômica-militar da ex-União Soviética e, em conseqüência, a realidade que surgiu das luzes lançadas nos porões dos governos comunistas é possível provar de forma sobeja e cristalina a contradição do regime dirigido por Moscou desde 1918 e imitado pela China e tantos outros países.

No entanto, se observarmos com atenção o passado recente do Brasil (1922-1964) e reagirmos aos fatos ocorridos com a conjuntura mundial correspondente, veremos que a Revolução Democrática de 1964 representou o clímax de um longo ciclo revolucionário que começou com a Revolução de 1922 (tenentismo) no Rio de Janeiro e terminou com aquela que é considerada “a revolução para acabar com todas as revoluções” (31 de Março de 64).

Após a 2ª Guerra Mundial, o mundo viu-se dividido em dois blocos antagônicos, vivendo o período denominado “Guerra Fria”. Até o fim da União Soviética em 1988, diversos países passaram por processo revolucionários que os levaram para esfera de influência daquele país e à adoção do sistema político-econômico comunista. Foi o caso de China, Cuba, Angola, Nicarágua, Vietnã e muitos outros.

Datas e fatos históricos

          Neste contexto mundial, o Brasil viveu uma sequência de eventos políticos que levaram à ruptura institucional ocorrida em 31 de março de 1964, que este ano comemora 59 anos

O apoio dado pela Rede Globo à revolução de 1964

Questionado por William Bonner sobre a atuação dos militares, em entrevista ao Jornal Nacional em 2018 o então candidato a presidência Jair Bolsonaro, citou um editorial de 7 de outubro de 1984, em que o presidente da Globo, Roberto Marinho, admitia o apoio ao golpe de 64. “Participamos da Revolução de 1964, identificados com os anseios nacionais de preservação das lnstituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada”, diz o texto publicado 34 anos atrás.

No texto de 84, Marinho dizia ainda que “o caminho para o aperfeiçoamento das instituições é reto. Não admite desvios aéticos, nem afastamento do povo”.

Veja o texto do editorial de Roberto Marinho na íntegra clicando aqui

O dia 31 de março de 1964

O General Olímpio Mourão Filho iniciou um movimento de tropas em direção ao Rio de Janeiro, enquanto o Governador de Minas Gerais, José de Magalhães Pinto, divulgou um pronunciamento pelo rádio.

Logo ocorreu a adesão de todas as Forças Armadas e significativa parcela das lideranças políticas do país. Jango refugiou-se no Uruguai, e um novo ciclo político teve início. Em 02 de abril o Congresso Nacional declarou a vacância da presidência e, em 11 de abril, o mesmo Congresso elegeu o Marechal Humberto de Alencar Castello Branco como Presidente.

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