Rebeca Andrade conquista ouro para o Brasil na ginástica artística
É a segunda medalha da ginasta em Tóquio
A ginasta Rebeca Andrade conquistou neste domingo (1º) a primeira medalha de ouro na ginástica artística para o Brasil, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ela venceu no salto e alcançou o lugar mais alto no pódio.
“Eu dedico a conquista da medalha de ouro a todo mundo, mas, em especial, ao meu treinador, Francisco Porath. A gente trabalhou muito e era um dos aparelhos em que eu tinha mais chance, como vocês sabem. Eu fiquei muito satisfeita. Acho que fico mais feliz com a felicidade dele do que com a própria medalha. Ele só quer me ver brilhar e a única forma que eu posso retribuir é com a minha ginástica e nosso trabalho. Eu pude fazer isso por ele na quinta, com a medalha de prata, e hoje, com a medalha de ouro. E é isso que eu vou buscar fazer, dar orgulho para as pessoas, para a minha família e pra mim”, disse Rebeca ao Comitê Olímpico Brasileiro.
É a segunda medalha de Rebeca Andrade nos Jogos de Tóquio. Ela já havia conquistado a prata no individual geral. Rebeca ainda tem chance de aumentar a sua coleção na final do solo, que será disputada nesta segunda-feira. “Estou bem centrada, amanhã tem mais um dia de competição, mais um dia que vou dar 110% de mim”, disse.
Rebeca conseguiu a nota 15,083 de média, após 15,166 no primeiro salto e 15,000 no segundo. A medalha de prata ficou com a norte-americana Mykayla Skinner, que obteve 14,916, e o bronze com a sul-coreana Yeo Seojeong, com 14,733.
Bronze olímpico nos 50 m livre coroa regularidade de Bruno Fratus
Brasileiro é o atleta que mais vezes nadou a prova em 21 segundos
A medalha de bronze conquistada no último sábado (31) por Bruno Fratus na final dos 50 metros (m) livres da Olimpíada de Tóquio (Japão) coroou aquele que é um dos atletas mais regulares da natação mundial. Foi a 91ª vez que o fluminense de 32 anos nadou na marca dos 21 segundos. Segundo a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), ele é o atleta que mais atingiu o tempo na história da prova.
Na final, Fratus cravou 21s57, ficando somente dois centésimos atrás do francês Florent Manandou, que levou a prata. O ouro foi conquistado pelo norte-americano Caeleb Dressel, com 21s07, quebrando o recorde olímpico da prova, que pertencia ao brasileiro César Cielo (21s30). Ouro nos Jogos de Pequim (China), em 2008, Cielo segue como recordista mundial, com os 20s91 atingidos no Campeonato Brasileiro de 2009.
Fratus já era candidato a medalha na prova cinco anos atrás, nos Jogos do Rio de Janeiro, após o bronze conquistado no Mundial de 2015, em Kazan (Rússia), mas ficou em sexto lugar. Nos dois Mundiais seguintes, conquistou a prata. Em 2019, conquistou o ouro dos 50 m livres nos Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru). Resultados que consolidaram o brasileiro no cenário da disputa mais veloz da natação.
A medalha de Fratus foi a 15ª da natação brasileira na história olímpica (uma de ouro, três de prata e 11 de bronze). Com dois pódios em Tóquio, o Brasil melhorou o desempenho em relação aos Jogos do Rio de Janeiro, quando passou em branco nas piscinas.
Com 2ª marca, Alison dos Santos vai a final dos 400 m com barreiras
“Piu” só fica atrás do norueguês Kartsen Warholm, recordista mundial
O paulista Alison dos Santos se classificou neste domingo (1º) para a final dos 400 metros (m) com barreiras da Olimpíada de Tóquio (Japão). Candidato a medalha, o brasileiro cravou o melhor tempo da segunda bateria da semifinal, com 47s31, quebrando o recorde sul-americano da prova pela quinta vez no ano. Ele foi três centésimos mais veloz que a marca que estabeleceu em 4 de julho, na etapa de Estocolmo (Suécia) da Liga Diamante.
“Piu”, como Alison é conhecido, fez o segundo melhor tempo geral da semifinal, atrás somente do norueguês Karsten Warholm, recordista mundial, que foi um centésimo mais rápido que o paulista. A final será na terça-feira (3), às 0h20 (horário de Brasília).
“Estou muito confiante para essa competição, treinei bastante, estou bem condicionado. Eu e meu treinador conversamos e ele disse que me daria o poder de decisão durante a prova, se eu iria correr a prova toda forte ou se eu iria escolher o momento para avançar. Achei que não estava fazendo uma prova tão boa até a oitava barreira, então eu resolvi não virar bem forte, mas quando passei ali me arrependi um pouco porque dava pra ter feito forte esse tiro com um resultado melhor. Mas estou muito feliz por me classificar para a final. A gente estava planejando isso, sonhado com isso e hoje se torna realidade”, disse Alison, em depoimento à assessoria de imprensa da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).
“O Warholm e o [norte-americano Rai] Benjamin são favoritos ao ouro, mas são oito classificados para a final e qualquer um pode levar a medalha. Eu tenho os meus amuletos da sorte, pessoas que me colocam no chão e me fazem entender que não posso deixar o nervosismo subir para a cabeça, tenho sempre de manter os pés no chão”, completou Piu, projetando a disputa de terça-feira.
Com 2ª medalha garantida, boxe brasileiro vive expectativa de recorde
Hebert Conceição assegura mais um pódio e país pode chegar a quatro
A medalha de bronze conquistada por Servílio de Oliveira em 1968, na Cidade do México, era a única do boxe olímpico brasileiro até os Jogos de Londres, em 2012. Foram três láureas (uma prata e dois bronzes) na capital britânica e uma no Rio de Janeiro (dourada, com Robson Conceição), quatro anos depois. Na Olimpíada de Tóquio (Japão), ao menos dois pódios estão assegurados e há a possibilidade de outros dois que, se ocorrerem, garantem um resultado recorde ao Brasil na modalidade.
O último a assegurar, ao menos, a medalha de bronze foi Hebert Conceição. Neste domingo (1º), o baiano, de 23 anos, derrotou o cazaque Abilkhan Amankul nas quartas de final da categoria 75 quilos e se classificou à semifinal, onde terá pela frente Gleb Bakshi, do Comitê Olímpico Russo, na próxima quinta-feira (5), às 3h18 (horário de Brasília). A vitória foi por decisão dividida, com três juízes dando o triunfo ao brasileiro e dois ao pugilista do Cazaquistão.
“É uma sensação incrível, escrevi meu nome na história do esporte brasileiro como medalhista olímpico. Sempre sonhei com esse momento, desde quando iniciei no esporte e fico muito feliz. Só tenho a agradecer a todas as pessoas que fizeram parte disso. Estou preparado para lutar contra quem vier. Vou focar na estratégia junto com minha equipe, a mais correta para poder enfrentá-lo”, disse Conceição, após o combate.
Além dele, Abner Teixeira já tinha confirmado presença no pódio em Tóquio na última sexta-feira (30), ao também avançar às semifinais da categoria 91 kg. O paulista, de 24 anos, volta ao ringue na terça-feira (3), às 6h50, contra o cubano Júlio César La Cruz, medalhista de ouro na Rio 2016, mas um peso abaixo.
No mesmo dia, ,às 5h, Beatriz Ferreira pode garantir a terceira medalha brasileira nos Jogos se derrotar a uzbeque Raykhona Kodirova pelas quartas de final. Atual campeã mundial, a baiana, de 28 anos, é candidata à láurea dourada na categoria 60 kg.
Mais tarde, às 6h18, Wanderson Oliveira, o “Sugar”, decide vaga nas semifinais da categoria 63 kg contra o cubano Andy Cruz, medalhista de ouro pan-americano e mundial. O peso no qual o carioca de 24 anos compete é o mesmo pelo qual Robson Conceição se sagrou campeão olímpico há cinco anos.
Tênis de mesa brasileiro vai às quartas por equipes e reforça boa fase
Time masculino pega sul-coreanos segunda (2), às 2h30 (de Brasília)
A Olimpíada de Tóquio (Japão) tem confirmado o que os resultados que antecederam o evento vinham indicando: é a melhor fase do tênis de mesa do Brasil na história. Após dois mesatenistas chegarem simultaneamente às oitavas de final do torneio individual entre os homens e um deles, Hugo Calderano, alcançar às quartas, todos feitos inéditos, a seleção masculina se classificou neste domingo (1º) às quartas da disputa por equipes, também pela primeira vez.
Sexta melhor seleção do mundo entre os homens pelo ranking da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), o Brasil superou a Sérvia (42ª) por três vitórias a duas, na melhor de cinco partidas. Nas quartas de final, os brasileiros terão pela frente a Coreia do Sul, algoz nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. O duelo contra a equipe asiática, a quarta do mundo, será nesta segunda-feira (2), às 2h30 (horário de Brasília).
No feminino, também neste domingo, o time nacional foi superado por Hong Kong, favorito a medalha, por três vitórias a uma. As brasileiras estão no 25º lugar no ranking de equipes da ITTF. As rivais aparecem em quinto.
Vale lembrar que, entre os homens, o Brasil tem, atualmente, cinco mesatenistas entre os 100 melhores do mundo, sendo que Calderano figura no top-10, em sétimo. No feminino, Bruna Takahashi se tornou a primeira atleta do país a aparecer entre as 50 mais bem colocadas do ranking da ITF, posto que mantém desde 2019.
Vitória sofrida contra a Sérvia
Apesar do favoritismo diante dos sérvios, o time brasileiro teve de mostrar tranquilidade para lidar com as provocações dos europeus. Nas duplas, Zsolt Peto (153º do mundo) e Marko Jevtovic (218º) levaram a melhor sobre Gustavo Tsuboi (36º) e Vitor Ishiy (59º) por 3 sets a 1 (7/11, 9/11, 11/8 e 8/11). Depois, Calderano sofreu, mas derrotou Dimitrije Levajac (387º) por 3 a 2 (11/8, 11/13, 11/5, 10/12 e 11/5), empatando o duelo.
No jogo seguinte, Jevtovic surpreendeu Tsuboi, vencendo por 3 a 2 (8/11, 8/11, 11/8, 11/6 e 13/15), recolocando a Sérvia na frente. Calderano igualou novamente o duelo ao superar Peto por 3 a 2 (11/9, 11/4, 9/11, 9/11 e 11/8). A classificação brasileira dependeria de Ishiy, estreante em Olimpíadas, que não decepcionou: atropelou Levajac por 3 sets a 0 (11/6, 11/6 e 14/12) e garantiu o Brasil nas quartas.
“Muito feliz de fazer parte dessa equipe e chegar nas quartas. Não dava nem para imaginar fazer uma estreia assim. Sinto-me bem de contribuir para a equipe dessa forma. Sabia que seria duro, tanto para o Gustavo quanto para o Hugo, depois de terem jogado o individual é difícil voltar 100%”, comemorou Ishiy, em depoimento à Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM).
Seleção feminina cai nas oitavas
A seleção feminina não teve a mesma sorte contra Hong Kong. Nas duplas, Caroline Kumahara (144ª do ranking da ITTF) e Jéssica Yamada (142ª) não resistiram a Soo Wei Yam Minnie (28ª) e Lee Ho Ching (45ª), que venceram por 3 sets a 0 (9/11, 8/11 e 9/11). No jogo seguinte, Bruna Takahashi (48ª do mundo e número um do Brasil) foi superada por Doo Hoi Ken (15ª), também por 3 a 0 (3/11, 12/14 e 7/11).
As brasileiras esboçaram reação na terceira partida, com Caroline surpreendendo Ho Ching, quase cem posições mais bem colocada no ranking mundial, por 3 sets a 2 (11/8, 11/9, 5/11, 9/11 e 11/6). Jéssica teria que repetir o feito contra Hoi Ken, mas não teve chances contra a melhor mesatenista de Hong Kong. A vitória da asiática por 3 a 1 (5/11, 11/9, 5/11 e 10/12) decidiu o confronto das oitavas de final.
“Foi um jogo muito bom das meninas, os quatro jogos com concentração muito boa. As jogadoras de Hong Kong são superiores, mas o jogo mais agressivo que o normal das nossas meninas fez com que as partidas fossem mais duras. Para mim, foi um dos melhores jogos de equipes que já fizemos”, avaliou Hugo Hoyama, técnico da seleção feminina do Brasil.
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