Começa em todo o mundo a campanha de prevenção e combate ao câncer de mama “Outubro Rosa”. A ação movimenta milhões de pessoas e tem o objetivo de conscientizar mulheres da importância de realizar o exame de mama e do diagnóstico precoce para o tratamento da doença.
Segundo a última pesquisa realizada pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) sobre a incidência do câncer no mundo, o câncer de mama é um dos três tipos de maior ocorrência, junto com o de pulmão e o colorretal, e é o que mais acomete as mulheres em 154 países dos 185 analisados.
Este tipo de câncer, segundo a instituição, é o quinto em questão de mortalidade no mundo, sendo estimadas mais de 627 mil mortes em 2018 – o que representa 6,6% do total de mortes por todos os tipos da doença.
“O Outubro Rosa é uma campanha fundamental e que ajuda a salvar a vida de muitas mulheres. É preciso conscientizar essas mulheres para que elas conheçam seu corpo, estejam atentas a qualquer alteração e procurem um médico imediatamente caso identifiquem alguma suspeita.
Além de salientar a importância de realizar os exames de mamografia periodicamente”, disse a deputada Leticia Aguiar.
Outubro Rosa e o câncer de mama no Brasil
No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama também é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres no país. Para 2019, foram estimados 59.700 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 51,29 casos por 100 mil mulheres. A única região do país em que o câncer de mama não é o mais comum entre as mulheres é a Norte, onde o de colo de útero ocupa a primeira posição.
Com uma taxa de 13,68 óbitos/100 mil mulheres em 2015, a mortalidade por câncer de mama apresenta uma curva ascendente e representa a primeira causa de morte por câncer nas mulheres brasileiras. O Sul e o Sudeste são as regiões que apresentam as maiores taxas de mortalidade, com 15,26 e 14,56 óbitos/100 mil mulheres em 2015, respectivamente.
A incidência da doença aumenta em mulheres a partir dos 40 anos. Abaixo dessa faixa etária, a ocorrência da doença é menor, bem como sua mortalidade, tendo ocorrido menos de 10 óbitos a cada 100 mil mulheres. Já a partir dos 60 anos o risco é 10 vezes maior.
Prevenção e diagnóstico precoce
A redução de risco e o diagnóstico precoce da doença seguem sendo os principais fatores para reduzir a mortalidade por câncer. Segundo o INCA, é possível reduzir em 28% o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama a partir da adoção de alguns hábitos, como praticar atividades físicas regularmente, ter uma alimentação saudável, não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas, ter o peso corporal adequado, dentre outros.
Já o diagnóstico precoce possibilita que as chances de cura sejam muito maiores para a paciente, chegando a 95%. Infelizmente, quanto mais avançado for o estágio do câncer de mama no momento em que a doença é detectada, ou seja, quanto mais tarde a doença for diagnosticada e tratada, essa chance de cura vai ficando menor.
O INCA afirma que a mortalidade da doença diminui em cerca de 20% nas mulheres entre 50 e 69 anos que realizam o exame de mama a cada dois anos.
Projeto de Lei garante acompanhante a pacientes submetidos a mastectomia
A deputada Leticia Aguiar, assinou o projeto de lei 912/19, que garante o direito a acompanhante no pós-operatório aos pacientes submetidos a mastectomia, na rede pública ou privada de saúde do Estado de São Paulo.
A mastectomia é um procedimento que consiste na remoção cirúrgica de toda a mama, sendo utilizada como um dos meios indicados no tratamento do câncer de mama. Por se tratar de intervenção extremamente invasiva ao organismo, a mastectomia gera fortes efeitos colaterais, sobretudo nos primeiros dias pós-cirurgia, como dor, inchaço na parte superior do braço, hematomas, limitação nos movimentos dos braços e do ombro, dor neuropática na parede torácica, dentre outros.
Segundo a deputada Leticia Aguiar, permitir a presença de um acompanhante vai ao encontro do crescente movimento de humanização hospitalar e de atenção a todas as áreas que envolvem a saúde do paciente. “Neste caso, garantir que alguém possa estar do lado da paciente operada, que enfrentou todos esses desafios, em um momento de extrema delicadeza, é um direito básico à dignidade humana dessas mulheres”, explicou.
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