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SP tem queda recorde de homicídio, com registros abaixo de 2 mil pela 2º vez em 23 anos

Delegacia de Homicídios da Capital.

O número de homicídios dolosos segue em queda no estado de São Paulo. De janeiro a setembro deste ano, foram registrados 1.931 casos, 9,6% a menos que os 2.135 contabilizados no mesmo período de 2022. O número é o menor já registrado desde 2001 – quando a série histórica foi iniciada -, ficando abaixo de 2 mil ocorrências pela 2º vez nestes 23 anos.

Em setembro, a queda do indicador foi de 5,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, de 253 para 238 registros.

Os latrocínios também tiveram queda recorde na série histórica no acumulado deste ano, registrando 119 ocorrências, 4% a menos do que na comparação com os nove primeiros meses do ano passado. Em setembro, o recuo foi de 19 para 16 casos.

A redução dos indicadores de crimes que resultam em mortes é resultado da atuação das forças policiais e da criação de políticas públicas eficazes. Uma dessas iniciativas é o Sistema de Informação e Prevenção aos Crimes Contra a Vida (SPVida), lançado em fevereiro.

A plataforma automatiza os dados e auxilia as polícias a analisarem a dinâmica criminal desses delitos para que, dessa forma, seja possível elaborar diagnósticos e planos de ações com o intuito de reduzir as mortes no estado.

Outros crimes

Os crimes patrimoniais no estado também caíram no mês e no período acumulado, com exceção dos furtos em geral, que cresceram 3,3% nos nove primeiros meses do ano, passando de 417.338 para 431.140, e 3,8% em setembro, de 46.397 para 48.174 registros.

Os furtos de veículo, por sua vez, recuaram 0,5% de janeiro a setembro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Em números absolutos, foram de 70.803 para 70.446 casos. Já na comparação mensal, a queda foi de 13%. No nono mês deste ano, houve 7.494 boletins contra 8.613 em setembro de 2022.

O estado também registrou queda de nos roubos em geral. De janeiro a setembro de 2023, foram 171.593 notificações deste crime, 3,9% a menos em relação aos mesmos meses do ano passado, que terminaram com 178.512 casos. A queda em setembro foi de 10,4%, com 17.891 registros em 2023 e 19.962 em 2022.

Os roubos de veículo foram de 28.926 para 27.289 casos, queda de 5,7% no acumulado deste ano em relação ao de 2022. A queda foi mantida no mês passado, que terminou com 7,9% de casos a menos, registrando 3.054 ocorrências. Em setembro de 2022, foram 3.316 registros. Tanto no mês quanto no acumulado, o indicador teve queda recorde na série histórica, sem considerar 2020 e 2021, anos de pandemia.

Na série histórica, os roubos a banco apresentaram o menor número de registros para os primeiros nove meses deste ano, que tiveram 8 casos. No mesmo período do ano anterior, foram 13 boletins. Já no mês passado, houve apenas uma notificação deste crime.

Os roubos de carga, por sua vez, caíram de 4.713 para 4.424, com recuo de 6,1% de janeiro a setembro deste ano em relação aos mesmos meses do ano passado. Na comparação mensal, a queda foi de 3,9%. Foram 465 em setembro deste ano contra 484 no mesmo mês de 2022.

Os estupros cresceram 8,6%. De janeiro a setembro deste ano, foram 10.803 casos contra 9.951 registrados nos mesmos meses de 2022. A alta em setembro foi de 1% em relação ao mesmo mês do ano passado, com 12 notificações a mais.

O crime de estupro é o que tem o mais alto índice de subnotificação. Por isso, de acordo com Jamila Jorge, coordenadora estadual das Delegacias de Defesa da Mulher, o aumento de registros indica que agora as vítimas possuem mais confiança para procurar a polícia e denunciar os agressores.

Produtividade policial

O trabalho das forças policiais no estado para combater a criminalidade este ano resultou no aumento de produtividade de janeiro a setembro. O número de pessoas presas e apreendidas cresceu 5,4%, com 141.835 detenções.

O número de entorpecentes apreendidos passou de 185.059 para 220.933 toneladas, alta de 19,4% nos meses acumulados deste ano em comparação com o mesmo período de 2022.

Ainda foram retiradas das ruas 8.380 armas de fogo, 11% a mais do que as apreensões feitas de janeiro a setembro do ano passado. Na mesma comparação, o número de veículos recuperados foi 9,8% maior, ou seja, 34.102 carros foram devolvidos aos donos nos nove primeiros meses deste ano.

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