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Cremesp encontra irregularidades no Hospital de Campanha do Anhembi

irregularidades Prefeitura SP

No último dia 21 de maio, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) esteve no Hospital de Campanha Anhembi (IABAS) para uma fiscalização das condições de funcionamento e identificou uma série de irregularidades, que comprometem o trabalho dos profissionais da saúde que atuam no local e colocam em risco a vida dos pacientes encaminhados para a unidade em questão.

Fiscalização de Deputados Estaduais

Devidamente paramentados, e acompanhados por uma equipe de saúde, o grupo de deputados do PDO (Parlamentares em Defesa do Orçamento), visitou todas as alas do Hospital de Campanha Anhembi (IABAS), gravou imagens, com autorização, mantendo total respeito e cordialidade aos profissionais e, principalmente preservando a imagem e a condição de saúde dos 220 pacientes internados.

O grupo de deputados do PDO , em fiscalização realizada em 5 de junho, apurou que o HMCamp do Anhembi foi preparado para atender 1.800 mil pacientes, mas apenas 516 leitos estão aptos a receber doentes. Desde que iniciou as atividades já atendeu 2.100 pacientes, dos quais 1510 foram curados e 12 morreram.

Fiscalização CREMESP

O Hospital de Campanha Anhembi IABAS tem capacidade total para 1412 leitos sendo que se encontravam efetivamente em operação 512 leitos na data da vistoria, quando = verificou-se que a unidade estava com 47,4% de sua capacidade ocupada, sendo 49,5% dos leitos de enfermaria e 27,1% dos leitos de estabilização (aguardando transferência para UTI). Neste dia, o Hospital de Campanha do Anhembi – IABAS tinha, até então, registrado 10 óbitos.

Entre as não conformidades encontradas pelo CREMESP estão:

Áreas com alto risco de contaminação

Área de estabilização não está bem equipada

Desrespeito a protocolos e normas técnicas

Sindicâncias
Diante do resultado desta fiscalização, o Cremesp abriu sindicância para apurar a responsabilidade dos médicos responsáveis e, dada a urgência das providências necessárias, comunicou a Secretaria Municipal de Saúde e enviou ofício ao Ministério Público e à Anvisa.

Ainda durante esta fiscalização foi constatado que funcionários que prestam serviço de
ambulância estavam usando a mesma máscara N95 há mais de um mês e não tinham EPI adequados para transportar pacientes. As empresas responsáveis pelas ambulâncias e os funcionários identificados em tais condições também estão sendo investigadas pelo Conselho, por meio de sindicância.

Para Irene Abramovich, médica e presidente do Cremesp, o que foi verificado nesta
fiscalização é um hospital subequipado e em condições precárias de atendimento, pois existe orientação e protocolos acessíveis e bem claros a fim de garantir o atendimento seguro à população e médicos.

“Ignorar as diretrizes de atendimento para unidades de saúde, principalmente no combate à pandemia de Covid-19, é muita irresponsabilidade e não contribui em nada para controlar a situação”, comenta.

O Conselho tem realizado fiscalizações por todo o Estado e criou canais exclusivos, para receber denúncias e orientar médicos e profissionais de saúde, em relação à pandemia de Covid-19: 11 98286-3722 (whatsapp) e covid-19@cremesp.org.br (email). Além disso, desde o início da pandemia em São Paulo, o Cremesp tem promovido conteúdos técnicos online, disponíveis em seu canal no YouTube e mantém ainda o hotsite covid-19.cremesp.org.br , sempre atualizado com conteúdo e orientações aos médicos profissionais da saúde, sobre a Covid-19.

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