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Deputada Leticia Aguiar questiona denúncias de práticas irregulares de seguradoras

Deputada Leticia Aguiar em reunião da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor

Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor teve sua reunião desta terça-feira (12/11), marcada por denúncias contra as seguradoras de veículos. Os membros da comissão ouviram Ângelo José Leite Cardoso Coelho, presidente do Sindicato da Indústria de Funilaria e Pintura do Estado de São Paulo (Sindifupi/SP), e que também compareceu representando a Associação Brasileira da Indústria, Comércio e Serviços para Excelência da Reparação Automotiva (Abraesa).

A deputada Leticia Aguiar  foi quem convidou o representante. A parlamentar explicou que recebeu denúncias de consumidores que se sentem lesados pelas seguradoras. “Eu quis entender todo esse cenário, pois o consumidor está sendo lesado na questão financeira, assim como o Estado, pois há peças que as seguradoras fornecem que não são tributadas. Temos que garantir que os direitos dos consumidores sejam respeitados, e essa comissão deve ser um importante instrumento para garantir isso na prática”, disse Leticia.

No encontro, o representante destacou diversas práticas das seguradoras de veículos que podem colocar em risco a segurança dos motoristas e passageiros, assim como condutas que incentivam o roubo de carros. Ângelo Coelho explicou que as seguradoras, como um modo de aumentar a margem de lucro, induzem consumidores a realizarem reparos em oficinas credenciadas, mas que muitas vezes reformam peças que não têm recuperação ou utilizam peças falsas e roubadas nos reparos. “O consumidor é incapaz de perceber a fraude, pois as seguradoras fazem o orçamento, e eles não têm como saber a origem das peças”, disse. “Neste momento, como entidade, não recomendamos a rede credenciada. Eu garanto ao consumidor que lamentavelmente ele será lesado pela seguradora, e irá colocá-lo em risco”, afirmou Coelho.

Perícia

Outro ponto denunciado diz respeito à atividade dos peritos, que, segundo Coelho, são obrigados a declarar que os veículos são recuperáveis e assim evitam suspeitas na documentação dos carros que serão vendidos futuramente em leilões da própria seguradora.

Já a atividade que colabora com o roubo de veículos é quanto a carros irrecuperáveis, nas quais as seguradoras mantêm para si e revendem. Coelho explicou que os veículos irrecuperáveis são “mesclados” a veículos roubados (de mesmo modelo, ano e cor), e que, portanto, possuem a documentação em ordem. Todas as peças que apresentam numerações e códigos de série são realocados em carros roubados, e desta forma são reinseridos no trânsito sem levantar suspeitas. O convidado explicou que embora as questões tenham se tornado pauta em 2016, nada foi feito para acabar com tais atividades.

Membros da Abraesa e do Sindifupi utilizaram cordas no pescoço em protesto, para simbolizar o aperto que os reparadores de carros passam devido às ações das seguradoras. A oitiva foi conduzida pelo deputado Thiago Auricchio (PL), que presidiu a reunião, e contou com a participação dos deputados Ataide Teruel e Leticia Aguiar.

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