O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), apresentou deflação (queda de preços) de – 0,14% em agosto deste ano. Em julho, a deflação havia sido mais acentuada (-0,72%).
Com o resultado, o IGP-M acumula -5,28% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada é de -7,20%, bem abaixo de agosto do ano passado, quando houve inflação (alta de preços) de 8,59%.
A redução do ritmo de deflação do IGP-M de julho para agosto foi puxada, principalmente, pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação do atacado e teve recuo de preços de 0,17% em agosto. Em julho, o subíndice do atacado havia tido uma deflação mais intensa (-1,05%).
O IGP-M e os aluguéis
Até a pandemia, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), divulgado pela FGV, era o mais usado para atualizar os contratos de aluguéis (locação de imóveis), tanto que o índice ganhou o apelido de “inflação dos aluguéis”.
Mas desde a pandemia, quando o dólar disparou, elevando o índice a uma alta de 37% num período de 12 meses, o mercado precisou fazer mudanças. Algumas imobiliárias incentivaram e fizeram um mutirão para trocar o indexador IGP-M para a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE.
Só que agora, com recuo do dólar entre outros fatores, o acumulado do IGP-M em 12 meses está em queda, já o IPCA, embora tenha registrado deflação em junho, ainda está positivo.
Mas pode ser que não haja redução do valor a ser pago mensalmente.
“Nos contratos de locação geralmente há uma cláusula para que o reajuste seja aplicado somente se o índice for positivo“, por isso verifique seu contrato de locação de imóvel.
Vale lembrar também que o IGP-M e o IPCA não são os únicos indexadores usados em contratos de aluguéis, outros indicadores como IVAR (Índice de Variação de Aluguéis Residenciais, calculado pelo FGV IBRE), o IPC: Índice de Preços ao Consumidor, divulgado pela FIPE) e o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, divulgado pelo IBGE) também são opções.
Custo da construção
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) foi outro subíndice que contribuiu para a redução do ritmo de deflação do IGP-M de julho para agosto. No caso deste subíndice, no entanto, o que houve foi uma alta da inflação, ao passar de 0,06% em julho para 0,24% em agosto.
E o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – que mede o varejo – reduziu sua taxa, ao apresentar deflação em agosto (-0,19%), depois de uma inflação de 0,11% no mês anterior.
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