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Saúde de SP amplia diálogo com municípios para reabrir leitos

Saúde leitos

O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria da Saúde, intensificou o diálogo com os municípios para reativar leitos de hospitais a partir de uma repactuação entre a gestão estadual, prefeituras e prestadores de serviços.

Durante a passagem do Gabinete 3D pela cidade de Campinas, o secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva, revelou que a região tem aproximadamente 1,5 mil leitos inativos em hospitais de pequeno e médio porte. Segundo Eleuses, isso ocorre pela defasagem da Tabela SUS para procedimentos de média complexidade, o que acaba gerando prejuízo aos hospitais que optam por executar os atendimentos.

“É importante ativarmos os leitos dos hospitais de pequeno e médio porte. Fazendo uma avaliação só da região de Campinas, temos praticamente 1,5 mil leitos que podemos colocar à disposição da população. O anúncio do governador Tarcísio de Freitas criando a Tabela SUS Paulista, em que os procedimentos com repasses mais defasados terão um suplemento de até cinco vezes a tabela, faz com que gente dê sustentabilidade a esses hospitais para que eles possam voltar a colocar leitos à disposição e aumentar a oferta de serviço para a população”, explicou o secretário.

“Fala-se em construir mais hospitais e, na realidade, a gente tem 1,5 mil leitos já montados. São equivalentes a cinco hospitais de grande porte”, acrescentou Eleuses, ao apontar a importância da criação da nova Tabela SUS Paulista para a população e, principalmente, para as Santas Casas e hospitais filantrópicos.

A nova Tabela SUS Paulista foi anunciada pelo governador Tarcísio na última segunda-feira (28). Com a medida, o Estado vai complementar em até cinco vezes o valor que Santas Casas e unidades filantrópicas recebem atualmente do Ministério da Saúde para a realização de procedimentos e cirurgias hospitalares. Com isso, os hospitais poderão prestar mais atendimentos à população e reduzir as filas da saúde.

As discussões do Governo do Estado com gestores e prestadores de serviços locais estão ocorrendo por meio de oficinas nas macrorregiões do estado. A iniciativa faz parte do programa de Regionalização da Saúde, também instituído na atual gestão. Nesta semana, os representantes estaduais se reúnem com os Departamentos Regionais de Saúde de Campinas e de São João da Boa Vista, no campus da Unicamp.

Essa é a nona oficina de regionalização realizada pela Secretaria de Estado da Saúde. Os encontros servem para que o Governo de São Paulo levante as demandas e dificuldades de cada região. A ação ainda conversa com o programa Gabinete 3D, que leva os secretários estaduais até os municípios para ouvir e discutir os principais gargalos locais.

“Com o anúncio da Tabela SUS Paulista, a ideia é negociar com cada prestador, estamos falando de aproximadamente 400 hospitais. Conhecendo a necessidade a partir da regionalização, eu sei o que eu vou pactuar com aquele prestador. Não dá para trabalhar com dinheiro público sem eficácia e sem saber a direção em que se quer chegar”, afirmou o secretário da Saúde.

Ainda de acordo com Eleuses, essa reorganização das redes regionais vai permitir a redução de filas de procedimentos a partir do aumento de recursos e, consequentemente, da oferta de serviços à população, além da ampliação da racionalidade na distribuição dos procedimentos ofertados em cada região.

Após essa fase de diagnóstico, novas oficinas serão marcadas para que o Governo do Estado, em parceria com a Organização Panamericana de Saúde (Opas) e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde de SP (Cosems), apresente propostas personalizadas para cada região. A partir daí, haverá novas repactuações das redes regionais de saúde.

O cronograma da Secretaria de Saúde prevê o término do processo de regionalização em até nove meses. Antes de Campinas, o Gabinete 3D Saúde já havia passado pela Baixada Santista e pelas regiões de Bauru, Taubaté, Marília, Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Araçatuba e Ribeirão Preto.

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