Olimpíada de Astronomia e Astronáutica prorroga inscrições para junho

Evento é voltado para estudantes de escolas públicas e privadas

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Astronomia e Astronáutica
Estudantes de diversas partes do país participam da VIII Mostra Brasileira de Foguetes, realizada na cidade de Barra do Piraí/RJ. (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Em função da pandemia do novo coronavírus (covid-19), a organização da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) decidiu estender de novo, agora até o final de junho, as inscrições para a 23ª edição. O prazo prorrogado anteriormente venceria no domingo (31). As inscrições podem ser feitas no endereço www.oba.org.br.

O adiamento da data final das inscrições vale também para a Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog). 

O objetivo, segundo o coordenador nacional dos dois eventos, professor João Batista Garcia Canalle, astrônomo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é permitir que um número maior de escolas públicas e privadas possam inscrever seus alunos.

No ano passado, a olimpíada bateu o recorde de participantes na história, com 884.979 estudantes de 9.965 escolas de todos os estados e do Distrito Federal, além de duas do Japão. Canalle disse que, em geral, em torno de 20 mil escolas se inscrevem a cada ano mas, no final, na hora de aplicar a prova, apenas a metade acaba participando da OBA. 

“Este ano, já tem um pouquinho mais de 20 mil escolas inscritas”, informou o coordenador. “Com o tempo de inscrições sendo prorrogado, isso facilitou um acréscimo maior de escolas que acabam sendo informadas”.

Data

Estudantes de diversas partes do país participam da VIII Mostra Brasileira de Foguetes, realizada na cidade de Barra do Piraí/RJ. (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Estudantes de diversas partes do país participam da VIII Mostra Brasileira de Foguetes, realizada na cidade de Barra do Piraí/RJ – Tomaz Silva/Agência Brasil

Não foi definida ainda a data para a realização da olimpíada, diante da pandemia da covid-19. “É prematuro. Temos que aguardar as escolas voltarem ao [funcionamento] normal”. Ele disse que quando as escolas retornarem às aulas, a organização da OBA poderá marcar uma data adequada, “pelo menos para a maior parte das escolas participantes”.

Embora as escolas públicas sejam maioria entre os participantes da OBA, com 80% do total, Canalle disse que as escolas privadas estão ganhando espaço, percentualmente, mas de forma lenta. “Elas estão vendo que isso é interessante também, porque permite ao aluno se destacar, leva o nome da escola junto quando o aluno recebe medalhas, os pais também preferem que os filhos participem da olimpíada porque isso acaba sendo uma avaliação externa à que é feita na escola. Está crescendo [a participação], felizmente”, disse o professor.

Olimpíada

Realizada em fase única e voltada para todos os estudantes dos ensinos fundamental e médio, a olimpíada, em seus 23 anos de existência, já superou a marca de 10 milhões de participantes. Anualmente, são distribuídas cerca de 50 mil medalhas.

A olimpíada é dividida em quatro níveis, sendo os três primeiros dirigidos a alunos do ensino fundamental e o quarto para o ensino médio. A prova é composta por dez perguntas, sendo sete de astronomia e três de astronáutica. A maioria das questões é de raciocínio lógico. As medalhas são distribuídas conforme a pontuação obtida por cada nível.

Os melhores classificados na OBA representam o Brasil nas olimpíadas Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA) e Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica de 2021 (OLAA). Os participantes da edição 2020 da OBA concorrem ainda a vagas nas Jornadas Espaciais que acontecem em São José dos Campos (SP), onde recebem material didático e assistem a palestras de especialistas.

O professor João Batista Canalle disse que o objetivo da OBA é levar “a maior quantidade de informações sobre as ciências espaciais para a sala de aula, despertando o interesse nos jovens”.

Alunos e professores podem se preparar para a prova por meio do aplicativo Simulado OBA, disponível para celulares, tablets, e computadores, e pelo site da olimpíada, que fornece vídeos explicativos, provas e gabaritos das edições anteriores.

Foguetes

O aluno Fábio Victor Souza, apresenta o seu foguete na VIII Mostra Brasileira de Foguetes, realizada na cidade de Barra do Piraí/RJ. (Tomaz Silva/Agência Brasil)
O aluno Fábio Victor Souza, apresenta o seu foguete na VIII Mostra Brasileira de Foguetes, realizada na cidade de Barra do Piraí/RJ – Tomaz Silva/Agência Brasil

Também organizada pela OBA, a 14ª Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog) prorrogou as inscrições. Voltada para alunos dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas e particulares de todas as regiões do país, a mostra avalia a capacidade dos estudantes de construir e lançar, o mais longe possível, foguetes feitos de garrafa pet, tubo de papel ou de canudo de refrigerante.

Estudantes que já concluíram o ensino médio também podem participar, desde que representando a instituição na qual se formaram e com a concordância da mesma. O evento acontece dentro da própria escola e tem quatro níveis. A novidade deste ano é que professores também poderão construir e lançar foguetes de papel, mas sem concorrer a prêmios. 

Em 2019, a Mobfog contou com 154.578 alunos. Para essa edição, são esperados mais de 200 mil alunos.

Organização

A coordenação da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica é exercida por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB) do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Universidade Paulista (UNIP).

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