Em função do aumento dos casos registrados de dengue em todo o Estado de São Paulo, o Procon-SP vai apoiar os demais órgãos estaduais e auxiliar a população na prevenção da doença.
Neste sentido, serão feitas pesquisas de preços em itens como repelentes contra inseto, bem como o acompanhamento de ofertas de produtos e serviços, especialmente planos de saúde, que possam induzir o consumidor a erro ou que sejam caracterizados como abusivos em relação ao Código de Defesa do Consumidor.
“Nós vamos participar das inciativas dos diversos órgãos do governo do Estado para, dentro de nossa área de atuação, auxiliar os cidadãos-consumidores que precisem adquirir produtos e serviços relacionados com a dengue durante estes meses. E isso inclui trabalhar também em sintonia com Procons municipais conveniados, levando nossa atuação para todas as regiões de São Paulo”, explica Luiz Orsatti Filho, diretor executivo do Procon-SP.
A área de estudos e pesquisas do Procon-SP já foi demandada para estruturar a metodologia de pesquisa e identificar quais itens devem ser mais procurados pelos consumidores para se prevenir ou tratar a dengue. A intenção é que ainda neste mês seja possível ter os primeiros dados para divulgar à população.
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Anvisa alerta sobre repelentes adequados contra o mosquito da dengue
Repelentes devem ser usados nas áreas expostas do corpo
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou orientações à população sobre os tipos de repelentes adequados para evitar o Aedes aegypti, que transmite a dengue, zika e chikungunya. De acordo com as instruções, apenas os produtos de aplicação na pele e os de uso no ambiente possuem eficiência comprovada.
“Não existem produtos de uso oral, como comprimidos e vitaminas, com indicação aprovada para repelir o mosquito”, alerta nota divulgada pela agência.
No caso dos produtos para pele, a orientação é que o repelente seja aplicado diretamente nas áreas expostas do corpo, com exceção dos casos em que o rótulo traga instruções para o uso diretamente na roupa.
De acordo com a Anvisa, as orientações descritas no produto também tratam sobre o uso em crianças, já que os cosméticos repelentes com o ingrediente DEET não devem ser aplicado em menores de dois anos e a presença dele não poderá ser maior que 10%, em produtos adequados para crianças de dois a 12 anos.
Assim como os cosméticos repelentes, os sanitizadores, que são inseticidas para matar o mosquito adulto ou repelentes para afastar o inseto do ambiente, precisam ter a aprovação da Anvisa tanto para a substância ativa, quanto para os componentes complementares, como solubilizantes e conservantes. De acordo com a instituição, não há comprovação de eficácia para produtos de princípio ativo natural, como citronela, andiroba e cravo da índia, por exemplo. “As velas, os odorizantes de ambientes e incensos que indicam propriedades repelentes de insetos não estão aprovados” destaca a agência.
O registro junto ao órgão garante a eficiência do produto para enfrentar o mosquito da dengue e, para facilitar a consulta se determinado repelente está ou não regular, a Anvisa mantém no seu site duas listas: uma de cosméticos para aplicação na pele e outra de saneantes para uso no ambiente.