Mototáxi legal em São José? Senna apresenta projeto que pode mudar a vida de trabalhadores e passageiros

Proposta revoga artigo que proíbe a atividade, alinha a legislação à Constituição e abre caminho para mais mobilidade, geração de renda e justiça social.

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Vereador Senna (PL) Mototáxi Legal

O vereador Senna (PL) protocolou na Câmara Municipal um projeto de lei que pode transformar a realidade da mobilidade em São José dos Campos o Mototáxi legal. A proposta revoga o dispositivo da Lei Municipal nº 9.647/2017 que, até hoje, proíbe o mototáxi na cidade.

O §6º da referida lei é claro: “Fica proibida a exploração de serviço de moto táxi no Município.”

Na prática, essa proibição já não acompanha a realidade das ruas. Hoje, diversos motociclistas joseenses atuam no transporte de passageiros através de aplicativos como Uber Moto e 99 Moto. O objetivo do projeto é dar segurança jurídica a esses trabalhadores e garantir mais opções de transporte à população.

Base legal e decisão do STF

A iniciativa de Senna acompanha a jurisprudência recente do Supremo Tribunal Federal (STF). Em decisão do ministro Alexandre de Moraes, normas estaduais que impunham restrições à atividade de mototáxi foram consideradas inconstitucionais, por criarem barreiras à livre iniciativa, à concorrência e à liberdade econômica já garantidas em âmbito federal.

Para o vereador:

“O parágrafo 6º da Lei 9.647/2017 impede a atuação de profissionais que, de fato, já estão inseridos na realidade do município. Trata-se de uma barreira injusta ao trabalho, que precisa ser corrigida para alinhar nossa legislação aos princípios constitucionais da livre iniciativa, da concorrência e da liberdade econômica.”

Senna (PL)
Mototáxi Legal

Mototáxi legal: Cenário local frota e trabalhadores

Segundo dados da Prefeitura de São José dos Campos, a cidade possui uma frota de mais de 477 mil veículos. As motocicletas representam cerca de 15% desse total — 77 mil unidades.

Desse universo, estima-se que aproximadamente 5 mil motociclistas atuem como entregadores, motofretistas e motoboys, além dos que já realizam transporte de passageiros via plataformas digitais.

“Não podemos fechar os olhos para uma realidade que já existe. Precisamos dar respaldo legal a quem trabalha e garantir segurança para quem usa”, reforçou Senna.

Senna (PL)

Impacto social e econômico

O projeto busca, sobretudo, promover justiça social. Muitos motociclistas dependem da atividade para sustentar suas famílias, mas seguem atuando sem reconhecimento legal.

Com a regulamentação, será possível:

  • Garantir direitos e proteção aos trabalhadores;
  • Ampliar a mobilidade urbana, oferecendo alternativas rápidas e acessíveis à população;
  • Reduzir a informalidade no setor de transportes;
  • Gerar mais empregos e renda em um momento de desafios econômicos.

Parceria com a deputada Leticia Aguiar

A proposta do vereador Senna se soma ao trabalho da deputada estadual Leticia Aguiar (PL), que já atua na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) em defesa da mobilidade urbana e do fortalecimento da economia popular.

Juntos, os parlamentares defendem a modernização da legislação e a criação de um ambiente regulatório justo, que favoreça tanto motoristas quanto usuários.

Mototáxi legal como realidade nacional

O transporte de passageiros em motocicletas não é novidade no Brasil. Em várias cidades, a prática é regulamentada e integra os sistemas locais de mobilidade. A decisão do STF reforça que não cabe aos municípios proibir, mas sim regulamentar, garantindo segurança e organização.

São José dos Campos, que se destaca por ser referência em inovação e qualidade de vida, não pode ficar para trás nesse movimento.

Responsabilidade e segurança

Com a regulamentação, caberá ao município estabelecer critérios claros de segurança, como:

  • Exigência de habilitação adequada (categoria A com curso específico);
  • Condições de manutenção das motocicletas;
  • Uso obrigatório de equipamentos de proteção;
  • Cadastro dos profissionais junto à Prefeitura.

Tais medidas darão maior confiança à população que utiliza os serviços.

Um ato de justiça social

O vereador Senna lembra que a regulamentação é também uma forma de respeitar o livre arbítrio com responsabilidade. Assim como outros serviços de transporte já consolidados, o mototáxi deve ter segurança jurídica para seguir funcionando.

“Precisamos dar respaldo legal a quem trabalha e garantir segurança para quem usa. O mototáxi é um instrumento de mobilidade, geração de renda e justiça social.”

Senna (PL)

Mototáxi legal

O projeto de lei que autoriza o mototáxi em São José dos Campos não apenas revoga uma proibição anacrônica, mas também coloca a cidade em sintonia com decisões judiciais, demandas sociais e tendências nacionais.

Agora, o debate chega à Câmara Municipal, onde vereadores e sociedade poderão discutir os caminhos para transformar essa realidade em mobilidade mais justa, moderna e inclusiva.

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