Alesp aprova projeto que autoriza compra de vacinas pelo estado e setor privado

Texto também regulamenta uso do soro anti-Covid e empréstimos públicos, e agora segue para sanção do Executivo

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Alesp sessão audiência pública virtual

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Alesp, aprovou, no início da tarde desta quarta-feira (7/4), o Projeto de Lei 108/2021, que autoriza a compra de vacinas contra a Covid-19 pelo governo estadual e o setor privado, desde que devidamente aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou autoridades sanitárias estrangeiras.

De acordo com o texto substitutivo, a aquisição pelo Estado e pelo setor privado só poderá ser feita seguindo as leis federais e se não houver prejuízo aos demais entes da federação (União e Estados). O governo estadual também fica autorizado a abrir crédito adicional especial para a compra. Já o setor privado também poderá distribuir e aplicar as vacinas.

O projeto aprovado na Alesp também possibilita a utilização do “soro anti-Covid”, produzido pelo Instituto Butantan. Pela regra, a administração deverá ser feita apenas em ambiente hospitalar, com os resultados registrados detalhadamente no prontuário do paciente, e pelo menos um hospital de referência no tratamento do vírus deverá ser destacado para sistematizar os resultados da aplicação.

A deputada estadual Leticia Aguiar votou favorável ao projeto e destacou a importância da iniciativa privada no Plano Nacional de Vacinação: “Eu entendo que a aquisição de vacinas pelas empresas privadas para aplicação em seus colaboradores já é uma doação para o sistema público de saúde”, afirmou a deputada estadual Leticia Aguiar.

O projeto também autoriza em ambiente hospitalar, por meio da Secretaria da Saúde, a utilização do “Soro Anti-Covid” desenvolvido pelo Instituto Butantan. O soro tem potencial para evitar o agravamento dos sintomas e curar os pacientes infectados pelo coronavírus. O soro brasileiro já está em fase de teses clínicos com humanos.

“Precisamos voltar a normalidade o quanto antes, as pessoas precisam estar seguras para trabalhar e voltar a normalidade porque estamos vendo o colapso econômico que essa crise sanitária está causando em todo estado de São Paulo e no Brasil. Estamos trabalhando para desenvolver leis que contribuam para isso”, afirmou a parlamentar.

Já a existência de registro no Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados de Órgãos e Entidades Estaduais (Cadin Estadual) não poderá ser considerado um impeditivo para a concessão ou renegociação de linhas de crédito da Agência de Fomento do Estado de São Paulo (Desenvolve SP) e do Banco do Povo Paulista, desde que a inclusão tenha se dado a partir do dia 20 de março de 2020 e válida até 31 de dezembro de 2022.

O texto segue agora para sanção ou veto, total ou parcial, do governador João Doria. O presidente da Alesp, deputado Carlão Pignatari, afirmou estar satisfeito com a aprovação do projeto. “Agora vou designar um relator para até sexta enviar [o texto] para o Palácio dos Bandeirantes, para que possa ser sancionado ou não pelo governador”, disse, ressaltando a ajuda ao microempresário com a medida econômica também prevista no projeto.

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