Bolsonaro quer reduzir impostos para evitar greve de caminhoneiros

Bolsonaro quer reduzir impostos nos combustíveis, enquanto Doria aumenta impostos em São Paulo

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Protesto caminhoneiros greve

O presidente Jair Bolsonaro apelou hoje (27) aos caminhoneiros para que não façam greve. “Reconhecemos o valor dos caminhoneiros para a economia do Brasil. Apelamos para eles que não façam greve porque todos nós vamos perder, todos, sem exceção. Agora, a solução não é fácil, estamos buscando uma maneira de não ter mais este reajuste”, disse, após reunião no Ministério da Economia.

Caminhoneiros realizam protesto em São Paulo contra aumento de imposto na gestão Doria

Caminhoneiros e empresários do setor de transporte de carga e alimentos congelados iniciaram na manhã desta quarta-feira, (27), um protesto seguido de carreata pela capital paulista.

Uma grande concentração de veículos foi registrada por volta das 8h na Praça Charles Muller no Pacaembu para seguir depois em direção ao Palácio do Governo de São Paulo. Outros pontos da cidade tiveram também concentrações. A maior parte dos veículos é formada por caminhões frigoríficos.

Uma das principais queixas do grupo é a cobrança de impostos durante a pandemia, já que o setor de transporte vem sendo afetado pela queda nas receitas.

A alta no ICMS de produtos alimentícios promovida pela gestão do governador João Doria é o principal motivo do protesto.Os motoristas e comerciantes seguiram por vias importantes como marginais Pinheiros e Tietê até a sede do governo paulista, na zona Sul.

Governo estuda medidas para reduzir preço de diesel, diz presidente Bolsonaro

Ontem (26), a Petrobras reajustou o preço médio do diesel nas refinarias em 4,4% e há especulações sobre uma greve de caminhoneiros que aconteceria na próxima segunda-feira (1º). “A Petrobras segue uma planilha, tem a ver com preço do petróleo lá fora, tem a ver com variação do dólar. Ontem foi boa notícia, o dólar baixou R$ 0,20. Estamos estudando medidas, agora, não tenho como dar uma resposta de como diminuir impacto, que, na verdade, foram nove centavos no preço do diesel”, disse, ressaltando que não interfere na política de preços da empresa.

De acordo com o presidente, está em estudo a diminuição do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), impostos federais que incidem sobre os combustíveis. O impacto da renúncia aos cofres da União, segundo ele, é de R$ 800 milhões por cada centavo reduzido. Para Bolsonaro, é importante que os governadores também reduzam o ICMS, imposto estadual.

“Para cada centavo do preço do diesel, aproveitando nós queremos diminuir no caso PIS/Cofins, equivale a buscarmos em outro local R$ 800 milhões. Então, não é uma conta fácil de ser feita. Agora, o diesel está num preço razoável nas refinarias, mas até sair da refinaria e chegar na bomba de combustível tem ICMS, imposto que é o mais caro que tem sobre o combustível no Brasil, tem a margem de lucro, tem transportadores, tem muito monopólio no meio disso. Estamos buscando alternativas mas não são fáceis”, disse.

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