A deputada estadual Leticia Aguiar (PSL-SP) fez uma moção de apelo, na Assembleia Legislativa de São Paulo, ao Presidente Jair Bolsonaro pelo adiamento da edição de 2020 do ENEM (Exame Nacional do ensino Médio).
As inscrições para o ENEM já estão abertas, começaram no último dia 11 e vão até o dia 22 de maio, os interessados podem realizar as inscrições por meio da página do Enem na internet. As provas estão marcadas para o início de novembro.
A realização do exame se tornou um tema polêmico diante da pandemia do novo coronavírus, que cancelou aulas e afetou as rotinas de estudantes por todo o Brasil. “Parece que os governos estaduais estão querendo desvalorizar o esforço de tantos anos dos alunos, afinal, com as escolas estaduais fechadas e aulas ministradas de forma precária, os jovens não conseguem tirar dúvidas e a preparação para as provas do ENEM fica comprometida”, disse a deputada estadual Leticia Aguiar.
Nesta quarta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro admitiu que poderá rever a posição sobre a realização do exame: “Estou conversando com o Weintraub (ministro da Educação). Se for o caso atrasa um pouco, mas tem que ser aplicado esse ano”, disse Bolsonaro em entrevista coletiva na portaria do Palácio Alvorada na manhã desta quarta-feira (13).
Motivada por inúmeras mensagens de estudantes, pais e mães de alunos pedindo pelo adiamento do exame, a deputada Leticia Aguiar decidiu fazer a moção de apelo ao presidente: “Estou convencida de que a medida correta a ser tomada neste momento é o adiamento das provas do ENEM, para que o talento e o esforço de nossos jovens e adolescentes sejam valorizados” declarou a parlamentar.
Na justificativa a parlamentar paulista aponta que estudantes em situação de vulnerabilidade social e com menos acesso à tecnologia precisam da nota do ENEM para conseguir posições melhores, em busca de vagas em instituições públicas de educação superior.
A moção foi protocolada nesta quarta-feira 13 de maio e, atualmente, encontra-se tramitando na Assembleia Legislativa de São Paulo. O documento deve ser analisado por uma Comissão Permanente da Casa, para depois ser enviado ao Presidente Jair Bolsonaro.
