Governo de SP realiza maior campanha de testagem de HIV do Brasil

99% das cidades do Estado vão participar da Fique Sabendo, recorde histórico da ação; cerca de 400 mil testes devem ser realizados

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A Secretaria de Estado da Saúde realiza a maior ação de testagem de HIV do país, com um recorde histórico: 99,2% dos municípios de SP aderiram à campanha Fique Sabendo. A mobilização anual ocorre por meio do Centro de Referência e Treinamento IST/Aids-SP, em parceria com 640 prefeituras, e está em sua 12ª edição.

Por todo o Estado, deverão ocorrer cerca de 400 mil exames, em sua grande maioria realizados pelo método rápido, com resultado no mesmo dia. Serão 176 mil testes rápidos de HIV e 168 mil de sífilis, com oferta também de exames convencionais (36 mil de HIV e 28 mil de sífilis), conforme aponta a coordenadora da Organização da “Fique Sabendo”, Karina Wolffenbuttel.

O período oficial da campanha será deste domingo (1º) a sábado (7). Mas cada município poderá avaliar seu contexto local e estender a ação pelo tempo que considerar adequado. A programação completa da mobilização pode ser consultada em www.saude.sp.gov.br.

A Fique Sabendo visa levar os testes a mais pessoas, com garantia de sigilo, confiança, qualidade no processo diagnóstico, vinculação à referência e acesso oportuno ao tratamento. Por isso, há também ações extramuros de testagem, que ampliam o acesso ao serviço em locais fora das unidades de saúde, serão realizadas 57,5% dos municípios com programação em dias úteis e finais de semana; “273 municípios abrirão as unidades de saúde nos fins de semana nesta campanha”, segundo Márcia Santos, que integra a equipe de organização.

“Trata-se de uma adesão recorde. A adesão foi crescendo ao longo desses 12 anos e, agora, chegou a 99,2% dos municípios”, diz o coordenador do Programa Estadual IST/Aids-SP, Alexandre Gonçalves. “Este resultado é fruto do compromisso do Estado de São Paulo na luta contra a Aids e na busca da ampliação do diagnóstico precoce do HIV e da sífilis”, declara o Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann.

A Aids tem tratamento e a sífilis tem cura. Fazer o diagnóstico e tratar os portadores dessas doenças é uma forma efetiva de melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas e quebrar a cadeia de transmissão, visando o controle desses dois importantes problemas de saúde pública.

Fique Sabendo

Neste ano, a campanha pretende destacar a importância do diagnóstico precoce destes de HIV e sífilis principalmente entre jovens. O objetivo é estimular a população de SP a realizar os testes, sobretudo quem tem vida sexual ativa, nunca fez o exame e pertence aos grupos mais atingidos por essas doenças.

No caso do HIV, a testagem é a porta de entrada nesta cadeia de cuidado contínuo de prevenção, diagnóstico, vinculação, tratamento, retenção e supressão viral do HIV. E, no caso da sífilis, a testagem oportuniza o diagnóstico e tratamento de uma doença muitas vezes silenciosa.

“A campanha anual é uma importante ação de intensificação da testagem do HIV e da sífilis junto às populações mais vulneráveis a estas infecções”, destaca a coordenadora adjunta do Programa Estadual IST/Aids-SP, Maria Clara Gianna.

“Promover o acesso ao teste, ampliar o número de pessoas que conheçam seu status sorológico, vincular o portador do HIV à referência e ofertar o tratamento imediatamente após o diagnóstico é parte essencial do enfrentamento da epidemia de aids em nosso estado”, complementa Gianna.

O Programa Estadual de IST/Aids recomendou às prefeituras a ampliação do uso dos testes rápidos de HIV e sífilis. Especialmente no caso do HIV, devido ao sucesso e aceitação desta modalidade, foi sugerida a intensificação do uso de testes feitos com amostras de fluido oral, favorecendo a abordagem de pessoas vulneráveis resistentes à coleta de sangue. Além disso, a orientação é que a testagem seja levada a populações mais expostas e a locais onde o acesso ao teste por demanda espontânea da população ainda é restrito.

O mês de dezembro é dedicado a atividades de enfrentamento do HIV/Aids e outras IST (infecções sexualmente transmissíveis), desde a publicação da Lei Federal 13.504/2017.

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