O Ministério da Saúde anunciou hoje (22) que será lançado um serviço de apoio psicológico aos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) que estão atuando no combate ao novo coronavírus. Segundo o ministério, a medida é um reconhecimento da necessidade de apoio aos profissionais pelo trabalho intenso e pelos riscos de contaminação.
O serviço será disponibilizado por meio de teleconsulta para médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, biomédicos e farmacêuticos que estão envolvidos no enfrentamento da doença. O canal telefônico do serviço será divulgado em maio.
A teleconsulta será feita por videochamada. Após o profissional se cadastrar e escolher o horário do atendimento, ele poderá iniciar o trabalho para tratar sintomas de depressão, ansiedade, estresse, e irritabilidade.
De acordo com o ministério, R$ 2,3 milhões serão investidos no programa.
Na luta contra o novo coronavírus, profissionais de saúde ao redor do mundo têm pagado um alto preço: milhares foram infectados e há um número crescente de mortos entre eles, por isso a necessidade de apoio psicológico.
Apesar dos equipamentos de proteção e das máscaras (escassos em muitos países), médicos, enfermeiros e outros profissionais da área parecem tender a contrair mais o vírus que a maioria das pessoas, e talvez a desenvolver sintomas mais graves.
A depressão no ambiente hospitalar, que abrange a todos que ali estão, desde o paciente até o profissional de saúde, passando inclusive por aqueles que prestam serviços administrativos, que cada dia mais, buscam apoio psicológico.
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS), “a depressão é um transtorno mental comum, caracterizado por tristeza persistente e uma perda de interesse por atividades que as pessoas normalmente gostam, acompanhadas por uma incapacidade de realizar atividades diárias por 14 dias ou mais. Além disso, as pessoas com depressão normalmente apresentam vários dos seguintes sintomas: perda de energia; alterações no apetite; dormir mais ou menos do que se está acostumado; ansiedade; concentração reduzida; indecisão; inquietação; sentimentos de inutilidade, culpa ou desesperança; e pensamentos de autolesão ou suicídio.”
Na área da saúde o profissional deve estar em boas condições físicas e emocionais para que possa desempenhar um serviço de qualidade. Pensamos, então, que é imprescindível, pois estará lidando com pessoas doentes, vulneráveis e mais sensíveis às intempéries, bem como com suas famílias, que demandam atenção e que podem estar inseguras quanto ao seu futuro, o que pode gerar medo, ansiedade e depressão. Se não estiverem bem poderão se prejudicar, bem como prejudicar aqueles que estão sob seus cuidados.