Alesp aprova por unanimidade a cassação de Arthur do Val, que perde os direitos políticos

Em sessão curta, todos os deputados votaram a favor da cassação

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Em sessão curta, todos os deputados votaram pela cassação: 73 votos sim, 0 abstenção, 0 não. Era preciso o mínimo de 48 votos.

A totalidade dos deputados estaduais presentes a sessão da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovaram nesta terça-feira (17) a cassação do mandato do ex-deputado estadual Arthur do Val (União Brasil).

Apesar dele ter renunciado ao cargo, a cassação faz com que o ex-parlamentar perca também os direitos políticos por oito anos, de acordo com a Lei da Ficha Limpa.

O pedido de cassação foi aprovado por todos os 73 deputados que estavam presentes e participaram da sessão: 73 votos para sim, 0 para não e 0, abstenção. Para ter o mandato cassado, eram necessários 48 votos entre os 94 deputados estaduais da Alesp.

Presentes ao plenário Juscelino Kubstcheck a ex-embaixadora da Ucrânia, Fabiana Tronenko, que acompanhou toda a votação e conversou com diversos parlamentares.

Doria PSL cassação

Os deputados estaduais abriram mão dos debates e votaram com rápidos e curtos pronunciamentos, a deputada estadual Leticia Aguiar, (foto) membro da Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres, fez um pronunciamento curto e contundente: “Senhor Presidente, por justiça à todas as mulheres ucranianas, do mundo, e do nosso Brasil eu voto sim pela cassação do ex-deputado Arthur do Val”, concluiu a parlamentar.

Ao falar no início da sessão, o advogado de Arthur do Val, Paulo Henrique Franco Bueno, voltou a comparar o caso do parlamentar com a situação que envolveu o também deputado Fernando Cury, acusado de assédio contra a também deputada Isa Penna. Cury foi suspenso pela Alesp por 180 dias.

O advogado defendeu ainda o uso ilegal de provas e inadmissibilidade do uso dos áudios privados de Arthur do Val no processo, pois foram vazados sem a autorização do parlamentar. O defensor ainda pontuou que não houve perícia nas evidências.

Arthur do Val renunciou ao cargo em abril, após o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovar, por unanimidade, o processo que poderia gerar a cassação do seu mandato.