Os deputados estaduais Sargento Neri, Coronel Telhada, Márcio Nakashima, Adriana Borgo e Leticia Aguiar, que compõem o grupo PDO (Parlamentares em Defesa do Orçamento) estiveram, na tarde desta quinta-feira, 18, no 13º DP Casa Verde para registrar um Boletim de Ocorrência contra o representante legal do IABAS (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde) por declarações caluniosas.
Neste mesmo Distrito, representante do IABAS registrou queixa no dia 4 de junho acusando o grupo de invasão ao Hospital Municipal de Campanha do Anhembi e ter adentrado alas com risco de contaminação sem uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), durante fiscalização realizada no local no mesmo dia.
O Grupo de parlamentares foi recebido pelo Dr. Osvany Zanetta Barbosa, delegado titular do 13º Distrito Policial na Casa Verde, Zona Norte da Capital Paulista.

A deputada estadual Leticia Aguiar (PSL), rechaçou a atitude do representante do IABAS que tentou criminalizar uma ação legítima dos parlamentares: “Fomos autorizados a entrar no Hospital de Campanha do Anhembi, pelo Secretário de Saúde de São Paulo. Não foi uma invasão! Isso é um absurdo! Uma postura lamentável, de quem está tentando desqualificar um trabalho que vem sendo muito bem feito pelo grupo PDO”, declarou a parlamentar.
Diligência ao HMCamp Anhembi
Os deputados do grupo PDO, em cumprimento a uma de suas principais atribuições, a de fiscalizar os atos do governo, sobretudo os gastos emergenciais nesta pandemia, estiveram no Hospital Municipal de Campanha do Anhembi para conferir o atendimento a pacientes da Covid19.
A preocupação do grupo de parlamentares também está relacionada ao fato de que a organização responsável pela administração do hospital tem histórico de má gestão e envolvimento em escândalo de corrupção.
O IABAS é uma organização social investigada por irregularidades em outros contratos de administração de hospitais em São Paulo, tanto pelo Tribunal de Contas do Município quanto pela Controladoria da Prefeitura. Também é suspeita de superfaturamento em contratos nas áreas de saúde no Rio de Janeiro.
Fiscalização
Ao contrário do que denunciou o IABAS os deputados, Sargento Neri, Márcio Nakashima, Coronel Telhada, Adriana Borgo, Leticia Aguiar estavam devidamente paramentados, e acompanhados por uma equipe de saúde e representantes do IABAS, o grupo visitou todas as alas, gravou imagens, com autorização, mantendo total respeito e cordialidade aos profissionais e, principalmente preservando a imagem e a condição de saúde dos 220 pacientes internados.
Em momento algum, os deputados fizeram qualquer tipo de exposição de pacientes, funcionários ou desrespeitaram o trabalho das equipes de saúde, como quer fazer parecer a Prefeitura.
Entraram com autorização da IABAS e conhecimento do secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, este, por sua vez, terá de explicar os milhões – quantos milhões – já foram e continuam sendo gastos naquele e no hospital de campanha do Pacaembu.
Em função disso o grupo decidiu registrar um boletim de ocorrência contra a instituição.
Atualmente o PDO é formado pelos deputados Sargento Neri, Márcio Nakashima, Coronel Telhada, Adriana Borgo, Leticia Aguiar, Coronel Nishikawa, Ed Thomas, Conte Lopes, Tenente Coimbra, Edna Macedo e Delegado Bruno Lima.
CREMESP
Em recente fiscalização o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) que também esteve no Hospital de Campanha Anhembi (IABAS) verificou as condições de funcionamento e identificou uma série de irregularidades, que comprometem o trabalho dos profissionais da saúde que atuam no local e colocam em risco a vida dos pacientes encaminhados para a unidade em questão.
Diante do resultado desta fiscalização, o Cremesp abriu sindicância para apurar a responsabilidade dos médicos responsáveis e, dada a urgência das providências necessárias, comunicou a Secretaria Municipal de Saúde e enviou ofício ao Ministério Público e à Anvisa.
Ainda durante esta fiscalização foi constatado que funcionários que prestam serviço de
ambulância estavam usando a mesma máscara N95 há mais de um mês e não tinham EPI adequados para transportar pacientes. As empresas responsáveis pelas ambulâncias e os funcionários identificados em tais condições também estão sendo investigadas pelo Conselho, por meio de sindicância.
Denúncias ao Grupo PDO em: www.grupopdo.com.br
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