O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou, nesse domingo (16), que a pasta estuda uma ampla campanha de testagem da população brasileira para o novo coronavírus, a declaração foi dada em Botucatu, no interior paulista, que deu início à vacinação em massa contra à Covid 19 para toda a população adulta.
Queiroga também falou sobre a interrupção na produção de vacinas contra o coronavírus pelo Instituto Butantan pela falta do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), e disse que a carência da matéria-prima é mundial. Perguntado se a falta do IFA poderia ser reflexo de problemas diplomáticos com a China, Queiroga afirmou que o país asiático tem sido um grande parceiro para o Brasil e disse que não vê nenhuma fissura nas relações entre o governo brasileiro e o chinês.
A cidade de Botucatu, em São Paulo, participa de uma pesquisa para medir a eficácia, contra variantes do vírus, da vacina AstraZeneca/Oxford, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz.
Além da vacinação, o projeto também realizará testagem da população e sequenciamento genético dos casos positivos, para avaliar o comportamento da doença no Brasil.
O prefeito de Botucatu, Mário Eduardo Pardini, disse estar otimista, e afirmou que a meta é zerar o número de óbitos no município. No entanto, ele alertou que não se pode descuidar das medidas de proteção.
A vacinação será exclusiva para moradores de Botucatu, com idade entre 18 e 60 anos. No total, 80 mil doses do imunizante da Fiocruz foram doados ao estudo pelo Programa Nacional de Imunizações. 60 mil pessoas receberam a primeira dose nesse domingo. O estudo terá duração estimada de oito meses, que inclui a aplicação das duas doses e o monitoramento da população vacinada.
A pesquisa conta com outros parceiros, como a prefeitura de Botucatu, a Universidade de Oxford, o laboratório AstraZeneca, a Fiocruz, a Fundação Gates, Universidade Estadual Paulista e o Ministério da Saúde.
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