Após pressão de prefeitos, Doria anuncia subdivisão de saúde na Grande SP

Para permitir o plano de retomada da economia a Região Metropolitana de São Paulo foi dividida em cinco áreas; medida permite avaliar melhor a capacidade hospitalar e taxa de avanço do coronavírus

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Subdivisão da RMSP

Depois que prefeitos das cidades que compõem a Região Metropolitana de São Paulo reclamaram da classificação para a retomada da economia, o Governador João Doria anunciou a subdivisão da Região Metropolitana da capital, que será dividida em cinco regiões no âmbito do Plano São Paulo, que prevê a retomada consciente e controlada das atividades econômicas no estado a partir de 1º de junho.

A subdivisão permite a classificação individualizada das regiões, de acordo com características demográficas e critérios técnicos de saúde, como a capacidade hospitalar para atendimento COVID-19 e a taxa de avanço de casos e mortes provocadas pelo coronavírus.

“A Grande São Paulo será dividida em cinco regiões de saúde no Plano São Paulo. Por abrigar mais de 22 milhões de habitantes, contar com uma organização de saúde com distribuição de leitos e internação hospitalar própria. Devido ao tamanho e complexidade, além da capacidade e disposição dos prefeitos, cada uma destas cinco regiões será avaliada individualmente”, informou Governador João Doria.

A decisão foi tomada em comum acordo com os prefeitos dos 38 municípios. As análises regionalizadas serão realizadas semanalmente e indicarão reclassificação da atual fase vermelha, de nível máximo de restrição, para as que permitem abertura controlada de atividades não essenciais.

“Com essa divisão, será possível ter uma análise ainda mais precisa de critérios técnicos de saúde para classificação apropriada de fases de retomada consciente na Região Metropolitana”, acrescentou Doria.

Diálogo

O Secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, informou que participa de reuniões para dialogar com os prefeitos, mas ainda não há previsão de migração dos municípios da Grande São Paulo para novas fases do plano.

“Dialogamos com cada um dos prefeitos, explicando a necessidade do aumento da capacidade hospitalar dessas regiões. É esse o índice que a Região Metropolitana deve melhorar para avançar para a próxima fase. Fica muito claro que o trabalho em conjunto de aumento de leitos é fundamental para que a gente possa, com segurança, fazer essa retomada consciente”, destacou Vinholi.

Como ficou a subdivisão

As cidades da Região Metropolitana ficam divididas nas seguintes regiões:

  • Norte – Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha e Mairiporã;
  • Sudeste/ABC – Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul;
  • Leste/Alto Tietê – Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano;
  • Sudoeste – Cotia, Embu, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista;
  • Oeste – Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus e Santana de Parnaíba.

A divisão foi feita com base na lei complementar nº 1.139, de junho de 2011, que prevê as redes regionais de Assistência à Saúde na Região Metropolitana, com a especificação das sub-regiões.