São Paulo conta com a primeira delegacia do país voltada especialmente a combater crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes.
No primeiro trimestre deste ano, a Delegacia de Repressão à Pedofilia, subordinada ao Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), recebeu 72 denúncias de abuso sexual infanto-juvenil. Em todo o ano passado, a especializada recebeu 268 queixas que foram investigadas.
De acordo com a delegada Giovanna Clemente, o armazenamento, compartilhamento e a produção de material pornográfico infanto-juvenil estão entre os principais crimes apurados, além do estupro de vulnerável. Ela explicou que a maioria dos casos acontece dentro de casa, na rotina familiar. “É uma situação muito difícil, pois mexe com toda a estrutura familiar”, observa.
A delegada ressalta que a prevenção para os crimes infanto-juvenis começa em casa. “É preciso ter um diálogo entre pais e filhos, criar uma relação de confiança para que, quando acontecer um caso desses, a criança tenha confiança nos pais ou responsáveis para desabafar e contar o que houve”, explica Giovanna. Ainda conforme a titular da Delegacia de Repressão à Pedofilia, isso vai muito além de observar as redes sociais do filho e saber o que se passa no ambiente virtual.