sexta-feira, março 29, 2024
HomeNotíciasPM escolta carro de família para salvar bebê com transplante de coração...

PM escolta carro de família para salvar bebê com transplante de coração em SP

Pais de Heitor tinham 2h30 para chegar ao hospital para autorizar o transplante do menino, de dois anos. Polícia escoltou o carro para liberar o trânsito e garantir que eles chegassem a tempo.

A família de Heitor Stevanatto Lima, de dois anos, conseguiu chegar a tempo para autorizar e acompanhar o transplante de coração do menino, após ter a ajuda da Polícia Militar. Os pais da criança estavam em Guarujá, no litoral de São Paulo, quando receberam a notícia de que tinham 2h30 para chegar em um hospital na capital paulista e autorizar o transplante do filho. O trânsito estava congestionado e o final feliz da família só se tornou possível graças a ação da PM, que escoltou o veículo em todo o trecho da rodovia.

O vídeo da escolta só foi divulgado na página oficial da Polícia Militar do Estado de São Paulo neste domingo (2), porém o caso ocorreu no início do ano. Equipes faziam patrulhamento pela Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, no dia 2 de janeiro, quando a família revolveu parar e pedir ajuda para uma equipe que estava com uma viatura estacionada na altura do km 274, em Cubatão.

Na parada, o massoterapeuta Renato Lima, de 45 anos, relatou temer não chegar a tempo ao Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, onde o filho estava internado, e ele e a mulher precisavam chegar para autorizar o transplante do coração em até 2 horas e 30 minutos.

“O pai e mãe do Heitor pararam com o carro deles e pediram ajuda na minha viatura, que estava em um ponto de estacionamento na rodovia. Como era dia 2 de janeiro, pós Ano Novo e na temporada de verão, estava um trânsito horrível. Eles estavam muito alterados, chorando muito. Acalmei os dois e solicitei o apoio da Rocam”, conta a soldado Castilha.

Transplante

Heitor nasceu com atresia tricúspide, uma má formação que prejudica a circulação de sangue no coração. Ao longo desses dois anos, ele passou por diferentes procedimentos cirúrgicos na expectativa de ter uma melhor qualidade de vida.

Algumas das cirurgias permitiram que o menino vivesse normalmente por meses, mas, depois, a criança passou a apresentar pioras no estado de saúde. “Até que em uma consulta de rotina no Incor, pela insuficiência cardíaca dele, o colocaram na listagem de espera por um transplante”, conta o pai de Heitor.

Heitor ficou internado para ter acompanhamento médico. Ele já estava há dois meses e meio na fila do transplante. “No final de ano, depois de passarmos muito tempo no hospital, o meu irmão falou que ficava com o meu filho no Incor para eu e minha mulher irmos para o litoral descansar um pouco”, diz Renato.

A família veio então para o Guarujá, onde ficaram os dias 31, 1 e 2. “Já no dia 2, recebemos a notícia que tinha chego um coração para ser transplantado. Meu filho já havia passado por quatro cirurgias de peito aberto e a equipe médica nos informou que o tempo máximo que o coração poderia esperar antes do transplante era de 2h30. Precisávamos chegar para autorizar e acompanhar o procedimento a tempo”, relembra o massoterapeuta.

Ajuda

Na data que a família recebeu a notícia que poderia transformar a vida de Heitor, o trânsito para retornar à capital paulista estava totalmente congestionado. “Ficamos desesperados. Estava um trânsito horrível para subir, tudo parado, veio aquele medo de não chegar a tempo e dar tudo errado”, destaca Renato.

Foi quando a família teve todo o apoio da Polícia Militar. O cabo Ferreti e os soldados Renno, Diemes e Mathias se deslocaram para auxiliar a família e abriram caminho pela rodovia para que conseguissem chegar até o hospital, escoltando o carro durante todo o trajeto nas rodovias Padre Manoel da Nóbrega e Imigrantes.

Segundo o soldado Renno, após a equipe escoltar o veículo, eles orientaram Renato que caso travasse o trânsito novamente entrasse em contato com eles ou via 190, que também ajudariam. “O sentimento é imensurável. Só quem tem um filho sabe. Ajudar essa família deu aquele sentimento de dever cumprido e é isso que nos dá força para cada dia continuar nos dedicando ao nosso trabalho”, diz o PM.

“Se não fosse a Polícia Militar, não tínhamos chego em tempo recorde. Eles permitiram que tudo fosse possível. Foi uma emoção muito forte ter esse apoio. O momento foi algo cinematográfico. Não há como descrever. Deu tudo certo e agora o Heitor tem um mês e dois dias de transplantado, estando cada dia melhor e com previsão de estar em casa em até um mês. É uma felicidade indescritível”, finaliza Renato.

Heitor, de dois anos, após transplante de coração dar certo em SP — Foto: Arquivo pessoal
ARTIGOS RELACIONADOS

COMENTÁRIOS:

Por favor coloque seu comentário!
Por favor entre seu nome aqui

- Advertisment -

Mais lidos

Comentários recentes

José Gregório das neves on Lançamento da medalha Patamo
Edicarlos Lopes dos Santos on