A empresa patrocinadora do São Paulo Futebol Clube, aproveitou a partida entre São Paulo e Avaí pelo Campeonato Brasileiro, para trazer algo novo para o campo: os tradicionais gandulas da partida foram substituídos por atletas cadeirantes e usuários de próteses. Ao todo, 10 pessoas com deficiência participaram.
A deputada estadual Leticia Aguiar (PSL) estava no Morumbi e ficou bastante impactada pela ação: “Sou incentivadora do esporte e pauto meu mandato em ações voltadas às pessoas com deficiência, como a inclusão e a integração dos PCDs na sociedade. Como torcedora do São Paulo, fiquei muito feliz em ver esta ação pioneira, e como cidadã espero que a iniciativa se espalhe por outros estádios de futebol e em outros locais públicos de prática esportiva em todo o Brasil”, declarou a parlamentar.
A ação Gandulas Cadeirantes, criada pela agência David, aconteceu no Estádio do Morumbi e contou com o apoio do São Paulo Futebol Clube, time patrocinado pela MRV. “A campanha mostra a preocupação e a atenção que o São Paulo tem com os temas acessibilidade e inclusão. O clube acredita que atitudes como essa significam a oportunidade de trazer a integração total do indivíduo e a quebra de barreiras por meio do esporte”, afirma João Fernando Rossi, diretor executivo de marketing do São Paulo.
Na partida de ontem, foram sete atletas cadeirantes e três usuários de próteses, todos eles atuando lado a lado na partida e cuidando das reposições de bola. A ação chamou não apenas a atenção da mídia esportiva, mas também dos torcedores que aplaudiram e apoiaram a campanha Gandulas Cadeirantes.
“A inclusão e a acessibilidade são fundamentais. A empresa tem um programa de inclusão muito estruturado e queremos propagar nossa crença para que outras empresas possam também trabalhar pela inclusão”, ressalta Rodrigo Resende, diretor de marketing e novos negócios da MRV.
Participaram da ação atletas de rúgbi, atletismo e basquete. Paola Klokler, Rychard Araujo, Claudine dos Santos, Nilton Divino, Daniele Montes, Ezequiel Barbosa, Andre Macedo, Sidnei Silva, Isaias Rebo e Liliane Lopes foram os gandulas cadeirantes. Para que os atletas pudessem exercer o trabalho de gandula, um tablado foi adaptado atrás das placas de publicidade no Estádio do Morumbi, permitindo que as cadeiras circulassem livremente, sem obstáculos.
“É um orgulho imenso levar essa iniciativa para um palco com tanta visibilidade quanto o de um jogo de futebol, incentivando um importante debate sobre inclusão e acessibilidade”, diz Rafael Donato, VP de criação da David.
Os atletas foram selecionados por meio de entidades que apoiam atletas cadeirantes, como a Associação Desportiva para Deficientes (ADD), presidida e fundada por Eliane Miada. “A campanha tem diversos benefícios sociais. Mas eu diria que um dos principais é motivar. Mostrando especialmente para aquela pessoa com deficiência, que está há pouco ou há muito tempo nessa condição, que ela também pode”, explica Eliane.
A campanha utiliza a hashtag #GandulasCadeirantes. Assista o vídeo: